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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Rapper Ja Rule decepciona o Rap Brasileiro


O rapper norte-americano Ja Rule deixou frustrados centenas de jovens que o aguardavam ontem à tarde, na Praça do Cidadão, em Ceilândia Norte. Coordenada pelo projeto Jovens de Expressão, com sede há dois anos no local, a recepção ao ídolo de 33 anos envolveu 400 pessoas. Foi montada uma estrutura de som para acompanhar os passos de dança de rua e o gingado da capoeira, e o grafite nas paredes da associação ainda brilhava de tão novo. “Queríamos mostrar alguns trabalhos dos jovens da Ceilândia”, contou Alan Jhone, 28, do grupo DF Zulu. “Ele participa de alguns trabalhos sociais na cidade dele e o nosso intuito era fazer um intercâmbio.”

O horário estava marcado para as 15h e o combinado é que o rapper ficaria ali durante uma hora. Quase três horas depois, ficaram sabendo que Ja Rule não iria. “Estava tudo certo para ele vir, mas ele não veio”, decepcionou-se Alan. “Ouvi um comentário de que as malas dele tinham sido extraviadas.” Os produtores locais do cantor — que deveriam esclarecer o assunto — não atenderam as ligações e deixaram seus telefones celulares na caixa postal.

Ja Rule perdeu a oportunidade de estar em uma praça rodeada de manifestações artísticas e onde a presença ostensiva de um posto da Polícia Militar lembra a necessidade constante de conter os ânimos, principalmente entre os moradores das quadras 20 e 22. “A vinda dele aqui influenciaria mais na vida dele, mostraria mais coisas positivas pra ele”, observou Alan.

Alguns adolescentes, vestidos com a camiseta da ONG, concordaram: “Seria uma oportunidade para ele conhecer o hip hop de verdade, conhecer pessoas que fazem o hip hop por amor e não para ganhar dinheiro”, rebateu Rick Lennon, 17. “Ceilândia é onde nasceu a cultura hip hop no Distrito Federal e ele não veio prestigiar”, lembrou Júlio Pereira, 17.


Tráfico
O grande astro perdeu a chance de se aproximar da comunidade. Uma comunidade que não pôde pagar os R$ 60 para assistir ao show de ontem, no Ginásio Nilson Nelson. Gente que sonha, quem sabe, em ter a mesma sorte de Ja Rule na vida. Nascido em Nova York, o rapper trocou a escola pelo tráfico de drogas aos 15 anos. Sete anos depois, estava contratado por uma gravadora e começava a deslanchar na carreira musical. Hoje, ele tem oito CDs lançados, participou de 10 filmes, ganhou três prêmios Grammy e soma 25 milhões de discos vendidos.






Crise no Senado continua nas ruas,diz grafiteiro.

O grafiteteiro Mundano já fez trabalhos como este em 65 carroças de São Paulo

“Recicle o Senado”. “Se eu pudesse, reciclava os políticos”. “Meu trabalho é honesto e o seu?”. O grafiteiro Mundano inscreveu frases como essas em muros e carroças de catadores da cidade de São Paulo quando, no primeiro semestre deste ano, uma crise política envolveu a Casa em denúncias de corrupção e nepotismo e ganhou espaço na imprensa. “[José] Sarney [PMDB-AP] continua presidente do Senado, e a crise parou de sair na mídia. Até eu fiz muito mais protesto na época, mas está lá, continua nas ruas”, afirmou.

Para o grafiteiro, através do incômodo que desperta, o grafite tem como objetivo incentivar as pessoas a agir, atingindo o maior número e a maior diversidade possível em vias de grande movimentação e visibilidade. “O morador de rua não sabe da crise do Senado. Não viu no jornal. Mesmo que seja analfabeto, o desenho do grafite vai passar uma mensagem de protesto”, disse.

Marcondes Luz, que se define como "brasileiro, da favela de Paraisópolis e analfabeto", também se disse revoltado com a crise que envolveu os senadores e, apesar de saber da ilegalidade da ação, decidiu pichar. Em um muro da avenida Morumbi, pediu para que sua filha de sete anos escrevesse: “Senado, a vergonha do Brasil”. “Eu falei: ‘filha, o que o pai vai fazer é até errado, por causa da pichação, mas é uma forma de falar que eu não estou contente’.”

Luz, que deixou no muro também seu e-mail, recebeu críticas e elogios à manifestação e conta que seu objetivo era o de “incentivar outras pessoas a formarem opinião, e as que não estejam contentes com a política procurarem outras formas de protestar.”

Enquanto a pichação usa apenas letras estilizadas e é considerado ilegal, o grafite também usa imagens e cores e não consta na atual legislação. Um Projeto de Lei diferencia as duas formas de expressão, caracterizando o grafite como arte e mantendo a ilegalidade da pichação. O projeto, que aguarda votação no Senado, levanta críticas por parte de pichadores e analistas.

Rede

A rede social Twitter se tornou palco do movimento “Fora, Sarney!”, que pedia a renúncia do presidente do Senado na época da crise. Manifestações em ruas de 16 cidades brasileiras foram organizadas por meio do grupo. Da mesma forma, segundo Mundano, a internet facilita o contato com pichadores e grafiteiros para promover pinturas e pode aprofundar o debate político. “Na rua é limitado, tem que ser rápido”, disse. O grafiteiro observa, porém, que esse meio não deve acabar com pichações e grafites.

Luz cita que a reforma eleitoral que entra vigor em 2010 deve estimular o debate social na internet. “Como agora os políticos vão poder usar a internet para fazer propaganda à vontade, nós também temos que tomar essa ferramenta, não para falar mal dos políticos, mas da política, da forma que a administração pública é feita”, afirmou.

Mãe e filhos no Rap- A volta por cima













Ela nasceu na favela, perdeu os pais aos 14 anos, foi abusada e teve o marido assassinado. Separada de seu filho, foi parar na Febem por um crime que não cometeu.

Com os filhos, ela criou o grupo de rap Mãe & Filhos e desenvolve o projeto Anjos do Gueto, que atende, sem a ajuda do Estado, mais de 32 crianças e 43 famílias. Andréia, 38 anos, nasceu na periferia da zona sul de São Paulo e, como muitas adolescentes, foi criada sem a presença da mãe. "Eu não tenho muito que lembrar da minha mãe, a não ser que ela era uma mulher que saía de manhã e voltava à noite".

E essa lição do passado ela não repete. "O trabalho não é tudo, eu acho que a mãe deve dar uma atenção para os filhos, porque isso sim é investimento de verdade", diz. Andréia perdeu o pai aos 14 anos. A mãe, pouco tempo depois. "Depois disso o mundo caiu sobre a minha cabeça!", relembra. Mas o pesadelo estava apenas começando. No mesmo ano da morte dos pais e morando sozinha com o único irmão solteiro, Andréia foi abusada sexualmente por ele. Assustada, fugiu de casa. "A rua foi a minha segurança.

Dormi até em casa de cachorro e em cima lajes", conta. E quando ela pensava que tudo de ruim já tinha acontecido em pouquíssimo tempo, uma nova surpresa: a gravidez precoce. Sem saída, a então adolescente foi morar com o pai da criança e a sogra. Um mês depois, o "marido" foi assassinado, a sogra abandonou o barraco em que viviam e ela se viu grávida e outra vez na rua... Eis que surge um senhor que, comovido, lhe arranja um barraco.

"Parecia um banheiro, só cabiam a cama e um fogãozinho feito com lata de sardinha e uns preguinhos. E confesso que, quando dava vontade de comer uma coisa mais além, eu entrava no supermercado, pegava os pacotes de bolacha abertos e me escondia atrás da seção para comer", assume. Com o filho de apenas 1 mês nos braços, a vida pregou mais uma peça em Andréia. O mesmo senhor que havia lhe dado o barraco, deixou embaixo de sua cama uma sacola de feira. À noite, ela descobriu que ali havia cerca de 5 quilos de cocaína.

Não demorou a polícia invadir o barraco e levá-la para a Febem. "Desespero, revolta, era como se o mundo todo tivesse contra você. Eu queria saber por que me separaram do meu filho, porque o mundo era daquele jeito". Provada a sua inocência, Andréia ganhou a liberdade, mas não conseguiu recuperar a guarda de seu filho.

Frequentando os bailes black da época ela conheceu o seu segundo marido, com quem ficou casada por nove anos e teve dois filhos, Leandro e Evandro. "Costumo dizer que o Leandro me ensinou a viver, a falar eu não quero a violência". Porém, depois de um ia de trabalho como faxineira, Andréia chegou em casa e se deparou com o limite de uma situação que já estava vivendo.

"Peguei meu marido usando drogas na cama e o meu filho com o rosto vermelho por ter apanhado. Foi quando eu disse: chegou a hora de guerrear!". Ela não pensou duas vezes e, novamente foi para a rua, fugiu com os dois filhos largando tudo pra trás. "Naquele momento os bens materiais não importavam. Minha riqueza era os meus filhos".

Ela nasceu na favela, perdeu os pais aos 14 anos, foi abusada e teve o marido assassinado. Separada de seu filho, foi parar na Febem por um crime que não cometeu. E foi na responsabilidade de ser mãe que Andrelina Amélia Ferreira - mais conhecida como Andréia - teve forças para mudar a sua vida e dar a ...

Grades mudanças

Novamente em situação de risco - mas agora ao lado dos filhos - ela encontrou forças para mudar. "O Leandro foi o homem da casa, com sete anos começou a olhar bicicleta no supermercado. Um dia ele sentou do meu lado e falou que queria ser promotor. Meu filho teve de tudo para ser um garoto perdido, sem alimento, sem condições, só tinha o amor.

O amor é a base disso tudo aqui", explica, referindo-se a sua casa, família e ao projeto que hoje desenvolve em sua comunidade tirando as crianças das ruas. É o lado bom depois de tanto sofrimento! Andréia é um exemplo, uma mulher que teve tão pouco e consegue ajudar as outras pessoas. "O Brasil é um país rico, onde as pessoas gastam muito dinheiro com viagens em Brasília e outras coisas, enquanto tem criança passando fome na favela. Eu acho uma glória uma pessoa montar oficinas de cultura e ensinar as crianças a pescarem!", comenta.


Com toda essa visão crítica e a vivência da rua, quando viu sua vida minimamente estruturada ela começou a ajudar grupos de rap e logo passou a escrever algumas letras. Subir ao palco foi um passo. Com o grupo Mente Feminina chegou a abrir shows e até ganhou um festival, mas a dificuldade fez que as componentes do grupo a abandonassem. Sem parceria, pensou que seu sonho na música tivesse acabado.

Foi quando em um show de rap seu filho pegou o microfone e deixou a plateia admirada com a sua voz. Novamente, a música ganhava força no caminho de Andréia. Até que o rapper Edi Rock, dos Racionais Mc's, disse: "Por que você não continua usando a sigla MF, mas agora como Mãe e Filhos?".

E assim o grupo nasceu e foram várias apresentações pela baixada santista, chegaram até a abrir o show dos Racionais, sempre com letras conscientes, mostrando que a relação entre mãe e filhos pode existir de várias formas. Num ensaio de um grupo de rap, por exemplo. Junto ao renascimento do grupo musical, surgiu também o Projeto Social Anjos do Gueto. Atualmente ela atende 32 crianças e doa cestas básicas para 42 famílias.

Além da ajuda material, Andréia transforma cada criança em um multiplicador, que acompanha outras crianças da comunidade e ajuda a resolver os problemas, além de alertar quando alguma não está frequentando a escola. Em relação à música, Andréia - que se diz fã de Elis Regina e ter uma grande identificação com a rapper carioca Gizza - ainda não conseguiu gravar, porém, o mais importante para ela já está se realizando: ajudar a comunidade! E só quem sofreu na pele pode se sensibilizar. "Denunciei um caso de pedofilia de novo aqui.

Criança é meu dever e eu sei o que é isso", afirma a guerreira. Uma família da baixada santista, mais precisamente do município de Praia Grande no bairro Marx Land, uma mãe e seu dois filhos, Evandro (15) e Leandro (19) fazem do rap mais que uma música, mais que um estilo de vida, fazem do Hip-Hop um exemplo de amor e resgate para a sociedade brasileira.

Sobre ela

"A Andréia representa o amor de mãe, a sinceridade, a amizade, e é isso o que falta no Brasil"

Bel, 42 anos, empresária que ajuda no projeto com transporte de pessoas e alimentos.

"Ela é uma pessoa maravilhosa, uma mãe para todas essas crianças. Você vê o amor que a Andréia passa para elas. Se tivessem mais pessoas com a qualidade dela, a gente resolveria uma boa parte dos problemas"

Meia, 35 anos, responsável pelas cestas básicas

"o vizinho não precisa vir aqui pedir, ela sabe a necessidade dele. as pessoas acreditam nela, porque mesmo não tendo, ela se preocupa e deixa de ter para dar aos outros. se o mundo fosse de Andréias seria bem diferente."

Elizabeth, 30 anos, participa no projeto como produtora

"Minha mãe é uma guerreira, ela tira as crianças da rua pra não se envolverem nessas coisas erradas. eu amo muito ela estou sempre do seu lado"

Leandro, 19 anos filho de Andréia

DJ ALPISTE SACODE 3 MILHÕES DE PESSOAS NA MARCHA PARA JESUS 2009


Quem esteve presente na Marcha para Jesus 2009, evento organizado em São Paulo pela igreja evangélica Renascer em Cristo, pode se unir à uma multidão de pelo menos 3 milhões de pessoas nesta última segunda-feira, números oficiais da Polícia Militar paulista, por volta das 15:30 horas. O ponto de encontro foi na praça dos Heróis da Força Expedicionária Brasileira, na zona norte, onde houve um ato religioso com shows gospel que começaram à partir das 14:00 horas. Um dos grandes momentos da Marcha, foi quando o pioneiro do hip hop gospel DJ Alpiste subiu ao palco com sua banda, empolgando todo o público presente. Alpiste cantou duas músicas acompanhado por dançarinos, que fizeram as pessoas que assistiam ao evento dançar e jogar a mão para cima, ao som de muito rap gospel mesmo debaixo de uma temperatura de 32 graus. Para o rapper, que acompanhou a marcha desde o periodo da manhã, tudo foi uma benção! Após a apresentação concedeu entrevistas à vários jornalistas que estavam presentes e posou para fotos com fãs.

Rapper preso por tráfico lança o som as Ruas Sabem


Diretamente de Gravataí/RS, e respeitado por muitos, a história de JESURI se divide entre a banca CUPULA 12, o grupo SYNDICATE (no qual faz parte), e o sistema prisional. "As ruas sabem", música oficial de Jesuri, no qual sua parte foi gravada antes de ser preso para a musica "Pedrada na Vidraça", ja é considerado um hino das ruas.

Foi lançada pela CÚPULA 12 em Fevereiro de 2009, e conta com a participação dos seus parceiros MINISTRO, BISPO e o cantor LUCAS VOX. Com produção de CYBER [FK], a música invadiu os sites do Brasil inteiro, e alguns clubes do Sul. A música, é o tema da campanha "FREE JESURI" (Liberdade para Jesuri). JESURI, atualmente, se encontra cumprindo pena no Modulado de Osório, desde 2007, condenado por Tráfico de Drogas (Artigo 33).