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quarta-feira, 7 de outubro de 2009

O racismo ainda existe?


O racismo ainda existe?

Em muitas oportunidades ouvi as pessoas comentarem: "Eu não curto ou escuto rap porque seus militantes acreditam que a elite é racista e não gosta do negro, do favelado, do pobre,...". E é verdade. As grandes redes de rádio e televisão fazem campanha contra o racismo, mas todos nós sabemos que é uma verdadeira farsa. Lá dentro estão os maiores racistas, que por popularidade andam em comunidades carentes, abraçam seus moradores, como políticos em campanha. As pessoas tentam esconder o racismo, mas na verdade o nosso problema é bem maior do que parece.

Hoje, um negro, um favelado andando na rua é sinônimo de perigo. Dentro dos transportes públicos, as pessoas evitam sentar próximo de um negro, pois acredita fielmente que ele seja um delinqüente. Quando um pedestre avista um negrinho andando pela calçada, segura a bolsa com mais força. Quando um menino de rua se aproxima de um cidadão, o mesmo procura um policial.

Enquanto isso, a elite assalta os cofres de nosso país e nos deixa na miséria, e nós, somos confundidos com assaltante de ônibus, ladrão de carro, pela nossa etnia, pela nossa condição social.

Edi Rock, dos Racionais MC`s versa na música "Negro drama": "... me vê pobre, preso ou morto, já é cultural. Histórias, registros, escritos, não é conto nem fábula, lenda ou mito. Não foi sempre dito que preto não tem vez...". É assim que a população enxerga o povo pobre, negro e favelado, apenas mais fracassado, um Zé Ninguém. O Negro tem condições de brigar por uma vaga na faculdade e não precisa de cota. Isso é racismo. Quem mora na favela não tem direito a diversão, pois se sair da favela a procura de lazer, sofre com a violência policial.

MV Bill, rapper carioca, nascido e criado na comunidade da Cidade de Deus, versa em "Só Deus pode me julgar": "Como pode ser tragédia a morte de um artista e a morte de milhões apenas uma estatística. Fato realista de dentro do Brasil, você que chorava lá no gueto ninguém te viu".

Ayrton Senna fez muito pelo Brasil. Nos deu muitas alegrias e quando veio a falecer em um trágico acidente, o país parou. Devo tirar o chapéu para um dos maiores pilotos de automobilismo do país. A banda de rock nacional, Mamonas Assassinas, onde seus integrantes vieram a falecer em um trágico acidente de avião, também parou o país. Mas e a Dona Maria, que perde o seu filho em confrontos entre policiais e traficantes, e ainda ficam aguardando pela remoção do corpo por 24 horas ou mais? E o estudante, domiciliado em uma rua sem nome, em um barraco sem número, baleado na porta da escola, aguardando vaga em um hospital público, sem médico e sem remédio. Isso não é discriminação social? É racismo. O Brasil é um país racista e devemos combater com o que de melhor sabemos fazer: o RAP.

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